Os diretores João Rosas (titular) e Lúcio Cláudio (adjunto) da Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão, em João Pessoa, já deram o primeiro sinal do que será aquela unidade prisional daqui em diante. Em oito dias à frente da penitenciária, a nova direção determinou um pente-fino no presídio e encontrou um “Estatuto do PCC” dentro da Máxima.
É uma espécie de ‘documento do crime’ que estabelece as diretrizes a serem obedecidas pelos seus membros, ao tempo em que formaliza a submissão de apenados a uma das maiores facções criminosas da América Latina.
“Aquele que estiver em liberdade, é estruturado e esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia será condenado à morte sem perdão”, diz um dos tópicos do estatuto. Sem dó nem piedade.
Além desse código de ética, os agentes penitenciários encontraram quatro aparelhos celulares, vários espetos de fabricação artesanal e uma pequena quantidade de maconha. Vinte agentes participaram da inspeção.
O material estava na cela 12, e pelo menos nove presos foram transferidos para o isolamento. Uma sindicância já foi aberta para apurar o fato.
A penitenciária tem 18 celas e abriga atualmente 165 presos, o que dá uma média de quase 10 apenados por cela – um verdadeiro ‘paraíso’ diante da realidade vista em presídios de outros estados brasileiros.
Novo tempo
O atual governo já deu várias demonstrações de que aposta no conhecimento técnico como forma de gerir os órgãos do estado, especialmente na área da segurança pública.
Se depender do sangue novo que circula nas veias do ‘sistema’, esse novo tempo não está muito longe de ser alcançado.
Fonte: ParaibaemQAP