domingo, 11 de julho de 2010


Operação do MP estoura três cassinos e prende seis pessoas em Sousa


Uma operação realizada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pela Polícia Militar, na última terça-feira (dia 6), em Sousa, Sertão do Estado, fechou três cassinos e prendeu seis pessoas por prática de jogo de azar. Foram apreendidos também mais de 200 baralhos novos, mesas redondas, cadeiras e fichas de jogo.
Das seis pessoas presas em flagrante três eram os responsáveis pelos cassinos e os demais eram jogadores. De acordo com o promotor de Justiça Valfredo Alves Teixeira, no cofre de um dos cassinos fechados havia aproximadamente R$ 30 mil em dinheiro e mais R$ 20 mil em cheques.
Cerca de 20 policiais militares participaram da operação. “O objetivo inicial da operação era resgatar fugitivos da polícia que estariam praticando contravenção penal nesses cassinos e verificar se havia drogas nesses locais. Não encontramos entorpecentes nos três cassinos fechados na terça-feira. Mas, muitas pessoas que foram presas já haviam sido presas anteriormente por prática de jogo de azar. Temos denúncias de que existem outros cassinos na cidade e por isso a operação vai continuar”, disse o promotor de Justiça.
Além dos responsáveis pelos cassinos e dos clientes presos em flagrante, os proprietários dos prédios onde era praticada a contravenção penal também serão acionados na Justiça pelo Ministério Público.

Uma intervenção na Penitenciária Máxima de Campina Grande comprovou a denúncia de regalias de presos, que iam desde fechar as próprias celas até mesmo a cobrança de pedágio de outros detentos. A Secretaria de Administração Penitenciária confirmou as suspeitas e tomou medidas emergenciais para solucionar o problema, como o afastamento da diretoria da instituição, a exemplo do Major Fernandes, e a limpeza da área externa.
“Se a direção do presídio deixar, eles começam a comandar o presídio. E com isso passam a infernizar a vida dos outros presos, escravizam os outros presos. Havia preso lá no Serrotão que era obrigado a pagar pedágio ”, informou o secretário de Administração Penitenciária Carlos Alberto Pinto Mangueira. “Marcone Rocha assumiu desde ontem (2), por enquanto provisoriamente. Depois vamos aguardar um ato do governador José Maranhão fazendo a nomeação de todos os novos diretores daquele complexo”, anunciou.

O Tribunal de Contas do Estado concedeu ao ex-prefeito de Sousa Salomão Gadelha o prazo de 60 dias para a devolução aos cofres do município da quantia de R$ 3.407.63,11, sob pena de cobrança judicial. Salomão, que teve as contas de 2007 reprovadas nesta quarta-feira (30), respondeu, entre outras, por despesas com serviços não prestados (R$ 911.644,72), aquisições diversas sem comprovação (R$ 770.982,73) e saldo a menor do Fundeb (R$ 114.087,59). Respondeu ainda por dispêndios de R$ 872.269,60 não comprovados, feitos sem autorização legal e pagos a título de “despesas a regularizar”; por transferências financeiras da ordem de R$ 378.198,43 sem suficiente comprovação; por saldo a descoberto de R$ 244.123,20 no Caixa e na Tesouraria da Prefeitura e, além disso, por recebimento irregular de diárias da ordem de R$ 8.048,48. Ao ex-prefeito André de Paiva Gadelha, o Tribunal imputou o débito de R$ 31.045,19 também referentes ao recebimento indevido de diárias.
O relator do processo conselheiro Umberto Porto – que ainda aplicou duas multas ao ex-prefeito de Sousa, uma de R$ 2.805,10 e outra de R$ 681.530,62 – teve seu voto acompanhado pela unanimidade dos pares. O parecer do Ministério Público, representado pelo procurador geral Marcílio Toscano Franca Filho, também foi pela reprovação das contas do ex-prefeito de Sousa, com imputação de débito e aplicação das multas.