Cabeleireiro quase é executado em Patos; Menores são apreendidos e confessam que receberiam 500 reais pela execução
O cabeleireiro José Fernando Oliveira Neto, 37 anos, foi vítima na noite desta terça-feira(20) de um atentado a tiros. José Fernando estava dentro de sua residência localizada na travessa Pedro Moura no bairro da Vitória, em Patos, quando dois menores invadiram a casa e já foram atirando contra o cabeleireiro.
Por milagre, os tiros deflagrados a queima-roupa não atingiram o José Francisco que conseguiu correr para os fundos da residência. Logo em seguida, os menores fugiram, mas foram localizados por volta da meia noite pela polícia Militar. Os dois foram levados para Delegacia Distrital em Patos.
Os policiais apreenderam de posse dos menores uma moto Honda Twister amarela, placas DVQ - 5415 - São Paulo, que a polícia ainda não sabe se é roubada. Ainda foi apreendido um revólver calibre 38, seis munições intactas e uma pequena quantidade de maconha.
Em depoimento a delegada plantonista da 1ª Delegacia Distrital, Júlia Valeska, os dois menores disseram que receberam a quantia de R$ 500,00 para executar o cabeleireiro, mas delegada não revelou quem seria o mandante do crime.
No entanto, em contato com a reportagem, a delegada descartou o pagamento de 500 reais pelo serviço. A delegada revelou que trabalha com algumas hipóteses que poderão levar ao verdadeiro motivo para o crime.
Os dois menores estão recolhidos à disposição do promotor da 2ª Vara da Infância e Adolescente Nilton Vilhena.
Cabeleireiro foi preso acusado de participar da Rede Porneía
O cabeleireiro José Fernando Oliveira Neto, havia sido preso no último dia 6 de junho pela Polícia Civil de Patos acusado de participar de uma rede de prostituição do Sertão da Paraíba que atuava em Patos e estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Na ação do Grupo Tático Especial, coordenada pelo delegado Cristiano Araújo Jacques, foram presas três pessoas acusadas de aliciamento de prostitutas da elite dentro a "Operação Pornéia": Lucia Karla Leite Dias, Bruno Alexandre Silva de Sousa, acusado de ser o chefe da rede, além do cabeleireiro que foi solto dias depois junto com Lúcia Karla.
A rede tinha como ponto base uma casa localizada no Bairro Nova Brasília, próximo à sede da Polícia Federal de Patos, onde as prostitutas eram levadas e contratadas por clientes da alta sociedade.
De acordo com o delegado Cristiano Araújo a rede começou a ser investigada após a "Operação Fachada" que culminou com a prisão do chefe da quadrilha, Samuel. Os contatos de Samuel foram todos checados e a polícia descobriu através destes contatos que funcionava em Patos uma rede de prostituição de garotas de luxo, interestadual, que tinha como base, a Morada do Sol.
A polícia ainda não sabe se o atentado contra o cabeleireiro tem haver com a rede de prostituição, o que poderia se configurar crime de queima de arquivo através de execução. Só com as investigações é que a polícia poderá dizer os reais motivos para tentativa de homicídio.