A Polícia Federal de Pernambuco divulgou nesta quarta-feira (18), a identidade de cinco homens que foram presos em uma pousada de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no litoral sul do Estado. A quadrilha foi presa junto a 10,3 kg de crack e 3,1 kg de pasta base de cocaína, a maior apreensão deste tipo de entorpecentes no estado em 2010. A quantidade seria suficiente para produzir 76 mil pedras de crack, que seriam comercializadas nas praias da região.
A droga foi encontrada em um carro Fox preto, de placa de São Paulo, que era ocupado pelo caminhoneiro pernambucano João Monteiro de Oliveira, 56, e pelo filho dele, Michael Sans de Oliveira, 22. O material apreendido era fabricado fora do país, sendo o crack, da marca Leon, de origem paraguaia, e a pasta base vindo da Bolívia e da Colômbia. Ambos foram contratados pelo paulista Claudemir Henrique, 31, e pelo cearense Antônio Rodrigues Lopes Filho, 53 que foram ao Sudeste realizar o contato e estavam hospedados na pousada desde o último dia 14 de agosto, no aguardo da encomenda.
Quem também acabou preso foi o proprietário do estabelecimento, Eduardo de Albuquerque Rocha, 42, que é pernambucano e já vinha sendo investigado por depósitos bancários em favor do traficante Claudemir Henrique. O carro dele, um Gol preto, de placa de Alagoas também foi apreendido. O empresário já tinha foi preso pela própria Polícia Federal, durante a Operação Taturana, deflagrada em 2007, suspeito de integrar um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa de Alagoas que chegou a representar um prejuízo de R$ 200 milhões, em 5 anos, aos cofres públicos.
Além da droga e dos veículos, também foram apreendidos uma CPU de computador, sete aparelhos celulares, vários comprovantes de depósitos bancários em nome de várias pessoas inclusive de Claudemir, com diversos valores a receber e a pagar que ultrapassam os R$ 950 mil, além de uma carteira de identidade falsa em nome de Eduardo.
O grupo foi autuado por tráfico, associação e financiamento para o tráfico. No caso de Eduardo Rocha, também houve a caracterização de uso de documentos falsos. Caso sejam condenados, os acusados podem receber penas que variam de 3 a 20 anos de reclusão.
Esta é a vigésima apreensão de drogas realizada pela Polícia Federal este na Região Metropolitana do Recife. Até agora 48 pessoas foram presas por tráfico, sendo 39 homens e nove mulheres. A quantidade de material entorpecente apreendido já totaliza 56 kg de pasta base, 15,3 kg de crack, 10,1 kg de cocaína e 465 kg de maconha.