Uma possível tentativa de homicídio registrada neste domingo fez com que a direção do presídio do Róger suspendesse a visita íntima da próxima quarta-feira (03) e o banho de sol do sábado (06). O fato causou um princípio de rebelião, pouco antes do início das visitas dos familiares. Pelo menos três apenados foram espancados, tendo um deles que ser encaminhado ao hospital de Trauma.
Tudo começou quando a direção do presídio soube que o preso Leomarques Pereira da Silva estaria comandando uma ação para executar outro preso, Walnei Maia Alves, logo após o término da visitação familiar deste domingo.
Por volta das 8h40, quando já havia sido iniciada a visitação de fim de semana, os agentes de plantão encontraram três presos bastante espancados no pátio interno do Roger: Francisco de Sousa Ferreira (Cabrochinha), Severino Henrique Ferreira (Leo) e Damião Alves de Sousa. Este último foi encaminhado ao Hospital de Trauma.
Segundo o diretor do Presídio, Irênio de Macedo Pimentel, “tudo leva a crer que as agressões sofridas pelas vítimas tenham como motivação uma suposta delação dos presos que queriam matar o preso Walnei Maia Alves”.
“Como na cadeia impera a lei do silêncio, as vítimas se negaram a identificar os autores da possível tentativa de homicídio a Walnei, bem como quem provocou o espancamento”, disse o diretor.
Ao tentar retirar o acusado Leomarques Pereira da Silva para ser ouvido pela direção do presídio, houve um clamor geral no pavilhão 4 para que ele retornasse em 30 minutos. Caso contrário, os presos botariam fogo no presídio.
Para conter os ânimos exaltados dos apenados do pavilhão 4, os agentes intervieram com munições não letais, além da utilização de um artefato de luz e som. Não houve mais feridos.