Patos quebra protoclodo cronograma
Após a confirmação de que a jovem grávida da cidade de Patos morreu vítima da gripe Influenza A (H1N1), no dia nove deste mês, a Secretária de Saúde de Patos providenciou que os familiares da jovem fossem vacinados contra a doença. Por outro lado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que essa medida quebrou o protocolo dos cronogramas para os grupos prioritários e que isso não ofereceu nenhum beneficio para os parentes e não serve como plano de conter a doença. De acordo com informações da secretaria municipal, duas irmãs da vítima estão grávidas, mas não apresentam sintomas da doença.
O coordenador do Núcleo de Imunização da SES, Walter Albuquerque, disse que não existe indicação para este tipo de procedimento. “Não existem normas de bloqueio contra o Influenza A. O vírus está circulando no ar e nessa segunda pandemia, pelo menos, 90% dos casos de gripe serão H1N1 e muitos casos nem serão detectados porque na maioria das pessoas a manifestação será mais branda. As investigações só ocorrerão quando o paciente apresentar sintomas de doenças crônicas do trato respiratório”, explicou.
Além da quebra do protocolo, Walter acrescentou que de nada adiantou vacinar a família. “A jovem foi tratada em Santa Rita, longe dos familiares. Após o contato com o vírus, ele tem o prazo de três a cinco dias para se manifestar o que não ocorreu com nenhum parente da moça durante todo tempo que ela esteve internada. Foi uma ação sem sentido”, concluiu o coordenador do Núcleo de Imunização da SES. Ainda conforme a Assessoria da SES, se as vacinas destinadas a um grupo prioritário forem destinadas a outro fim, faltarão para o público ao qual se destinaram.
A reportagem tentou entrar em contato até o fechamento desta edição com a secretária Ajunta de Saúde de Patos, Nadir Rodrigues, para ela comentar sobre a declaração da SES, mas ela não foi localizada. Segundo informações, ela que teria determinado a vacinação dos familiares.