sábado, 9 de abril de 2011
O psicopata de uma escola no Rio e um sargento chamado Alves
O Brasil assistiu, chocado, ao ataque psicopata de um homem numa escola do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (7), no qual matou 12 crianças com tiros na cabeça e tórax. Um tipo de crime nunca visto na história recente do país. E que ficará por muito tempo na memória de gerações estupefatas com a tragédia.
Falar sobre as causas dos homicídios é simplesmente impossível neste momento. Todos os indícios levam a crer que o assassino era um psicopata nato. Daqueles que, pela ‘natureza’ do nosso povo, só estamos acostumados a ver nos filmes americanos. Um monstro frio e calculista.
Mas apesar de esse tipo de crime ser inevitável, sua extensão não o é. Poderia ter sido pior, mas não foi. O massacre estava premeditado para dizimar um número muito maior de crianças, porém o luto no seio de muitas famílias foi prontamente evitado. Graças à equipe de um sargento chamado ‘Alves’.
Pelo menos três aspectos foram importantes para aquela guarnição da Polícia Militar agir rápido e eficientemente, diante daquela circunstância. O primeiro deles é a presença da polícia nas ruas. Avisados por um dos garotos feridos, os PMs logo se dirigiam até a escola. Mas eles só foram comunicados rapidamente porque estavam nas ruas. Já pensou se o socorro demorasse mais cinco minutos?...
O segundo ponto que gostaríamos de destacar foi a coragem dos PMs na ocorrência. Enfrentar os perigos de um homem atirando no que vê pela frente faz parte da profissão que o sargento Alves e sua equipe escolheram. Mas nem todo policial tem a coragem de encarar um louco suicida nessas condições, sem um aparato maior para dar o apoio. Dois minutos de espera por reforço significariam mais óbitos de inocentes.
Por fim, a capacidade técnica de entrar num ambiente altamente movimentado, onde dezenas de crianças corriam desesperadamente, e incapacitar o assassino de forma tão profissional. Bastou um disparo na perna para que o indivíduo caísse ao chão e desse cabo de sua própria vida. Um policial despreparado poderia tornar os problemas ainda mais graves.
A combinação desses três fatores foi tão forte na tragédia da escola que, por um instante, foi como se a população que acompanhava tudo no local classificasse aquelas 12 mortes para um ‘segundo plano’. Pelo menos por um instante, a imagem que mostra várias crianças correndo, ilesas e agora fora dos riscos do louco já contido, superou a dor da perda.
Graças à equipe de um sargento chamado Alves.
Fonte: ParaibaemQAP