A tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro, na qual um homem invadiu uma escola, matou 12 crianças e se suicidou depois, nem saiu da lembrança dos brasileiros, e um caso semelhante quase aconteceu no Cariri paraibano, no município de Riacho de Santo Antônio. A polícia deteve um menor de 17 anos, acusado de ameaçar invadir uma escola e matar as meninas mais bonitas.
A apreensão do menor aconteceu depois que pais de alunos foram à Escola Municipal Josefa Lídia da Silva, em Riacho de Santo Antônio, apreensivos com ameaças que o adolescente já vinha fazendo há dias entre os populares. O diretor da escola, José Lindacir Alves, entrou em contato com a polícia do município vizinho de Barra de São Miguel, que foi ao local, ouvir testemunhas.
"Alguns alunos ouviram comentário desse adolescente sobre invadir a escola e matar os alunos. Isso gerou uma polêmica. Hoje pela manhã, recebi uma ligação para vir urgente à escola. Chegando lá, encontrei as mães preocupadas com a seguranças dos filhos. A gente chamou a polícia, que foi até a casa dele e o apreendeu", disse o diretor da escola.
A polícia de Barra de São Miguel e a conselheira tutelar de Riacho de Santo Antônio, Janisdan Clea Pereira da Costa, detiveram o menor em sua casa. Ele foi encaminhado ao Conselho Tutelar de Riacho de Santo Antônio, para prestar depoimentos.
Antes de o adolescente falar, alguns pais de alunos prestaram depoimentos e afirmaram que o menor vinha comentando há alguns dias que planejava invadir a escola com uma faca e matar as meninas mais bonitas. Ainda segundo os depoimentos, algumas das ameaças do adolescente teriam sido encaminhadas diretamente a algumas alunas.
"Ele [o menor] será ouvido e, sem seguida, o encaminharemos para o 'Lar do Garoto', em Lagoa Seca", explicou a conselheira tutelar Janisdan.