sábado, 21 de maio de 2011

Agentes evitam fuga de 10 presos no presídio do Serrotão em Campina Grande



Na tarde dessa quinta-feira (19), um agente penitenciário entrou na sala do capitão Araujo, diretor do presídio do Serrotão, em Campina Grande, e disse que queria falar ‘em particular’ com o oficial. Era a informação obtida pelo serviço de investigação, dando conta de que vários presos pretendiam fugir no próximo domingo (22).
De imediato, o diretor providenciou uma revista dentro e fora do Pavilhão 4, de onde iriam fugir os apenados. Durante a inspeção, a surpresa: coletes, luvas e até ‘sapatos’ estavam enterrados na parte externa do pavilhão, feitos com garrafas de plástico (‘Pet’) e retalhos de pano, para serem usados como equipamento isolante, já que muro é rodeado de cerca elétrica.
Além de toda essa engenhoca, os agentes encontraram facas, espetos, aparelhos celulares e duas ‘teresas’, cordas feitas de pano que são usadas para escalar o muro da penitenciária.
Pela quantidade de coletes e luvas confeccionados, estima-se que em torno de 10 presos iriam escapar nessa empreitada, se os agentes não tivessem agido rápido e eficientemente.
Os principais suspeitos de tramar o plano frustrado foram transferidos para o isolamento, onde deverão aguardar a conclusão das investigações.
Sem efetivo, sem tecnologia, sem armamento, sem um salário que justifique passar a vida tão perto de quase 600 ‘leões’. Aos agentes penitenciários do Serrotão pode até faltar quase tudo. Exceto a vontade de sempre fazer o melhor.