quarta-feira, 16 de março de 2011

Polícia identifica acusado de extorsão a padres e bispo

A Polícia Civil de Cajazeiras, junto com o serviço de inteligência do 6º Batalhão de Polícia Militar, já conseguiram identificar o responsável por fazer ameaças de morte e de tentar extorquir seis padres e um bispo, da diocese da cidade. Conforme as investigações, o acusado seria o jovem João Vieira Neto, um ex-seminarista, que deixou a diocese por desobediência as normas religiosas. O acusado exigiu através de mensagens, que os padres depositassem R$ 50 mil em sua conta e que o reintegrasse ao seminário.

Caso contrário denunciaria um esquema de pedofilia e prostituição envolvendo os religiosos, e depois voltaria para assassiná-los. A Polícia investiga a participação de mais pessoas.
De acordo com o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, Major José Ronildo Souza da Silva, em conversa com o bispo ontem pela manhã, ele lhe revelou que há cerca de três anos, havia tomado medidas disciplinares com os seminaristas, já que alguns deles não estavam se adaptando as normas estabelecidas pela instituição. Contrariado, João Vieira, teria desobedecido algumas ordens e teve que deixar a diocese. "Os seminaristas não estariam seguindo as medidas, principalmente esse jovem. Revoltado, ele passou a mandar mensagem via celular, fazendo as ameaças de morte e acusando os padres de serem pedófilos. Mas ainda não está confirmado que apenas ele é o responsável pelas ameaças", explicou Major Ronildo.
O acusado está morando em São Paulo e deverá ser intimado nos próximos dias a comparecer á delegacia de Cajazeiras, para prestar depoimento. Conforme o comandante é possível que existam mais pessoas envolvidas no esquema de ameaças. "Tudo indica que são pessoas da própria diocese, porque sabem detalhes minuciosos do que acontece lá, e por causa disso, as investigações poderão tomar novos rumos", disse o comandante.
O comandante ainda destacou que aumentou o reforço policial, tanto nas casas dos padres, quanto na diocese e na faculdade onde eles trabalham, pois teme que o acusado possa cumprir as ameaças. "O bispo disse que não era preciso, mas mandei policiais para fazer a segurança dele, até mesmo porque, em uma das últimas mensagens, o acusado ameaçar matar os padres em um grande evento da igreja. Tememos que seja na semana santa, relatou.