A Polícia Civil de Patos considera que o assassinato do jovem vendedor
ambulante Cláudio Junior Mamede de Lucena, 21 anos, morto a tiros de
revolver, na noite desta segunda-feira no Bar do Vila Nova, na rua
Duque de Caxias, no bairro Santo Antônio em Patos, foi totalmente
elucidado.
Na manhã desta quinta-feira(17) policiais do Grupo Tático Especial
prenderam o segundo acusado da morte, Cosme Candeia, 22 anos, apontado
como o autor dos disparos contra a vítima.
Cosme foi identificado e reconhecido por testemunhas e partir daí a
polícia iniciou a sua captura após a morte de Cláudio. Ele foi
localizado na casa de sua avó aqui em Patos após denúncia ao serviço
197 .
Ao ser levado para Delegacia, Cosme que trabalhava com a vítima e o
acusado, confessou ter participação no crime revelando que teria sido
ele o autor dos disparos, conforme já havia delatado Caio César
Rodrigues Sousa, 19 anos, preso no dia seguinte ao crime.
"Eu matei ele porque ele queria me matar. Então antes que ele me
matasse, eu matei ele". Esta foi a explicação do vendedor ambulante,
principal acusado de ter assassinado o vendedor e estudante. Esta mesma
explicação foi dada por Caio ao ser preso pela polícia.
Cosme confirmou a versão de Caio de que ele já tinha apanhado duas
vezes da vítima e que o conhecia das vendas realizadas com ele como
ambulante pelo Brasil afora. Segundo ele, Cláudio sempre que via os
dois, os ameaçava.
Tanto Cosme como Caio confessaram a mesma história de que os dois
eram desafetos por motivo de um banho e uma desavença banal em uma das
viagens de negócios dos dois que sempre viajam juntos.
Já Caio disse que apesar de tudo, sempre teve uma boa relação com o
Claudio, mas como vinha recebendo ameaças e iria viajar com ele nos
próximos dias, resolveu então cumprir o desejo.
O agente Rafael Gomes que participou da prisão, disse que Cosme
havia dito que a arma do crime foi jogada no Rio Espinharas. Os
policiais estiveram no local para constatar a informação, mas até o
momento não encontraram o revólver usado no assassinato que Cosme
revelou ter comprado em Santa Luzia no intuito de materializar o crime.
Em depoimento, Caio já havia confessado que a arma usada no
homicídio era de seu amigo e apontou Cosme como sendo o responsável
pelos disparos contra a vítima que morreu ao dar entrada no Hospital
Regional de Patos.
O delegado Elcenho Engel já recebeu o inquérito das mãos da delegada
Tâmara Lenina que estava investigando o caso. Ele deverá conduzir a
partir de agora as investigações e num prazo de no máximop 15 dias,
deverá remetê-lo à Justiça.
O assassinato - O crime aconteceu na frente da
namorada da vítima e de outras testemunhas. Logo ao chegar ao
estabelecimento, dois homens chegaram em uma moto vermelha,
aproximaram-se da vítima que estava em cima da sua motocicleta e
dispararam vários tiros contra Cláudio.
A cena foi assistida por diversos populares que no momento estavam
jogando sinuca no local. A vítima estava encostada na mesa quando foram
efetuados os disparos que lhe atingiram a queima-roupa. Foram pelo
menos cinco tiros que acertaram diversas partes do corpo.
No desespero, segundo testemunhas, a namorada de Junior ainda jogou
o capacete que estava sem suas mãos contra os assassinos. Mesmo assim,
eles continuaram a atirar, mas nenhum dos tiros atingiu a jovem que não
teve seu nome revelado.
A correria no local foi total. Todos queriam apenas se proteger dos
tiros. Parte dos projeteis ainda atingiram a parede do bar, mas ninguém
saiu ferido.
Junior caiu sobre a mesa e foi socorrido às pressas para o Hospital
Regional de Patos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar
entrada na área vermelha.
Fonte Vicente Conserva