sexta-feira, 18 de março de 2011

Polícia considera elucidada morte de Cláudio Junior após prisão de segundo acusado

A Polícia Civil de Patos considera que o assassinato do jovem vendedor ambulante Cláudio Junior Mamede de Lucena, 21 anos, morto a tiros de revolver, na noite desta segunda-feira no Bar do Vila Nova, na rua Duque de Caxias, no bairro Santo Antônio em Patos, foi totalmente elucidado.
Na manhã desta quinta-feira(17) policiais do Grupo Tático Especial prenderam o segundo acusado da morte, Cosme Candeia, 22 anos, apontado como o autor dos disparos contra a vítima.
Cosme foi identificado e reconhecido por testemunhas e partir daí a polícia iniciou a sua captura após a morte de Cláudio. Ele foi localizado na casa de sua avó aqui em Patos após denúncia ao serviço 197 .
Ao ser levado para Delegacia, Cosme que trabalhava com a vítima e o acusado, confessou ter participação no crime revelando que teria sido ele o autor dos disparos, conforme já havia delatado Caio César Rodrigues Sousa, 19 anos, preso no dia seguinte ao crime.
"Eu matei ele porque ele queria me matar. Então antes que ele me matasse, eu matei ele". Esta foi a explicação do vendedor ambulante, principal acusado de ter assassinado o vendedor e estudante. Esta mesma explicação foi dada por Caio ao ser preso pela polícia.
Cosme confirmou a versão de Caio de que ele já tinha apanhado duas vezes da vítima e que o conhecia das vendas realizadas com ele como ambulante pelo Brasil afora. Segundo ele, Cláudio sempre que via os dois, os ameaçava.
Tanto Cosme como Caio confessaram a mesma história de que os dois eram desafetos por motivo de um banho e uma desavença banal em uma das viagens de negócios dos dois que sempre viajam juntos.
Já Caio disse que apesar de tudo, sempre teve uma boa relação com o Claudio, mas como vinha recebendo ameaças e iria viajar com ele nos próximos dias, resolveu então cumprir o desejo.
O agente Rafael Gomes que participou da prisão, disse que Cosme havia dito que a arma do crime foi jogada no Rio Espinharas. Os policiais estiveram no local para constatar a informação, mas até o momento não encontraram o revólver usado no assassinato que Cosme revelou ter comprado em Santa Luzia no intuito de materializar o crime.
Em depoimento, Caio já havia confessado que a arma usada no homicídio era de seu amigo e apontou Cosme como sendo o responsável pelos disparos contra a vítima que morreu ao dar entrada no Hospital Regional de Patos.
O delegado Elcenho Engel já recebeu o inquérito das mãos da delegada Tâmara Lenina que estava investigando o caso. Ele deverá conduzir a partir de agora as investigações e num prazo de no máximop 15 dias, deverá remetê-lo à Justiça.
O assassinato - O crime aconteceu na frente da namorada da vítima e de outras testemunhas. Logo ao chegar ao estabelecimento, dois homens chegaram em uma moto vermelha, aproximaram-se da vítima que estava em cima da sua motocicleta e dispararam vários tiros contra Cláudio.
A cena foi assistida por diversos populares que no momento estavam jogando sinuca no local. A vítima estava encostada na mesa quando foram efetuados os disparos que lhe atingiram a queima-roupa. Foram pelo menos cinco tiros que acertaram diversas partes do corpo.
No desespero, segundo testemunhas, a namorada de Junior ainda jogou o capacete que estava sem suas mãos contra os assassinos. Mesmo assim, eles continuaram a atirar, mas nenhum dos tiros atingiu a jovem que não teve seu nome revelado.
A correria no local foi total. Todos queriam apenas se proteger dos tiros. Parte dos projeteis ainda atingiram a parede do bar, mas ninguém saiu ferido.
Junior caiu sobre a mesa e foi socorrido às pressas para o Hospital Regional de Patos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada na área vermelha.

Fonte Vicente Conserva