Pelo menos cinco empresas participavam do esquema responsável pelo golpe no benefício seguro-desemprego, três delas só existiam no papel. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (15) pela Polícia Federal e o Ministério Público durante uma coletiva de imprensa. Durante a Operação Amparo cinco pessoas foram detidas e quinze estão sendo ouvidas pela polícia.
As investigações começaram em novembro do ano passado, após uma denúncia. De acordo com a PF, o esquema funcionava desde 2009. Os donos das supostas empresas contratavam os funcionários, assinavam a carteira de trabalho e pagavam o Fundo de Serviço de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Após seis meses, tempo exigido para ter direito ao seguro-desemprego, o falso funcionário era demitido sem justa causa e em seguida realizada a retirada do benefício. De acordo com as investigações, os donos das empresas ficavam com 70% da quantia e os funcionários 30%. O valor do prejuízo não foi divulgado, porque o MP ainda está contabilizando.
Cinco integrantes da quadrilha foram detidos, eles têm cerca de 40 e 50 anos, e estão no Centro de Ensino da Polícia Militar. Já as 15 pessoas que se passavam por funcionários estão sendo ouvidas pela polícia.