sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Mais um policial morre em “bico”. Até quando?
Na última segunda-feira (6), a sociedade passou a ter menos um policial nas ruas para defendê-la, devido a um problema antigo e de solução imprevisível. Por causa do salário injusto que lhe era pago, o cabo da Polícia Militar tinha que se submeter ao “bico” (trabalho extra no setor privado) e, assim como outros tantos colegas, acabou assassinado por assaltantes nesse tipo de serviço. Oito tiros!
Era noite. O policial “de folga” fazia a segurança de um sítio que pertence a um secretário municipal. Seis bandidos pularam o muro da propriedade, renderam o cabo/PM e levaram-no para uma área recuada do sítio. Oito tiros! A maioria da cabeça.
Ao ouvir os disparos, o secretário e sua família se trancaram em um dos cômodos da casa, até que o bando fosse embora. Por causa do ‘imprevisto’, a quadrilha levou apenas a pistola do policial (além da vida de um pai de família).
"Anunciaram o assalto, renderam o cabo na covardia e o levaram ele até os fundos do terreno. Lá, o eliminaram com vários tiros", confirmou o major que coordena o policiamento no qual o cabo Salomão Victor Barroso era lotado.
O crime aconteceu no município de Eusébio, região metropolitana de Fortaleza (CE), e nós só deixamos para informar agora o local do fato porque “geografia” é o que menos importa nessa hora.
Não faz muito tempo que um cabo da PM em Campina Grande foi assassinado num “bico”, em frente à agência do Bradesco, numa chamada “saidinha de banco”. Ele tentava dar segurança a representantes de uma igreja evangélica, em troca de um reforço necessário à sua renda familiar. Foi assassinado com vários tiros.
Inúmeras estatísticas já confirmaram: a maioria dos policiais quem morreram assassinados estava fazendo o “bico”.