O que você faria se trabalhasse como agente penitenciário e soubesse que um dos seus colegas de trabalho é um fiel membro do ‘PCC’?
Baseada em fatos concretamente reais, essa enrascada foi (ou é) vivenciada por agentes carcerários da Bahia. De acordo com o relatório final da CPI do Sistema Carcerário, de 2008, alguns soldados da maior facção criminosa do Brasil conseguiram um emprego de agente penitenciário naquele estado.
Isso porque, segundo o relatório, havia anos que o governo do estado não realizava concurso público específico para a função. “E os concursos feitos pelo estado são de conhecimentos gerais, não exigindo conhecimentos específicos nem tempo de experiência no sistema prisional. Isso possibilitou que o PCC pagasse a inscrição para alguns de seus homens, que acabaram passando nessas ‘provas’ e ingressando oficialmente no emprego”, relatou um agente à comissão de parlamentares da CPI.
O documento não informa se esses aprovados no concurso foram identificados e exonerados do cargo. E do jeito que o crime tem evoluído nos últimos anos, é possível que mesmo os concursos “mais avançados” abram brechas para infiltração de criminosos.