Cerca de 100 policiais civis e militares de diversos Estados do País tentaram invadir nesta quarta-feira as dependências da Câmara dos Deputados para pressionar os parlamentares a aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um piso nacional para policias militares e civis de todo o Brasil. Com a tentativa de invasão, a Polícia Legislativa, responsável pela segurança do Congresso, foi acionada. Houve um princípio de tumulto com alguns empurrões.
A PEC foi aprovada em primeiro turno na Câmara, mas ainda faltam ser apreciados quatro destaques que desfiguram o texto original da proposta. Um dos itens deixa para a lei complementar a fixação do valor do piso para os policiais.
A PEC original define como piso os valores de R$ 3,5 mil para praças e de R$ 7 mil para oficiais. Também cria um fundo para bancar esse aumento. No entanto, o governo não concorda com a fixação do valor na Constituição e defende que essa questão seja negociada com os Estados.
O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), conversou com os policiais que faziam o protesto e afirmou que a votação da PEC não está sendo protelada. Segundo ele, alguns policiais estavam exaltados e "até agindo de forma desrespeitosa, dificultando o entendimento para a votação". Vaccarezza disse que a intenção é votar a PEC na próxima semana, sem incluir na Constituição o valor do piso salarial dos policiais.