DNA confirma identidade de mulheres vítimas de trio de Garanhuns, PE
Publicado em 18.05.2012
Os exames de DNA confirmaram que os dois corpos encontrados enterrados na casa do trio suspeito de canibalismo, em Garanhuns, no Agreste, são realmente das duas mulheres que estavam desaparecidas na cidade: Alexandra da Silva Falcão e Giselly Helena da Silva. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (18), pelo Instituto de Criminalística (IC) de Pernambuco. Os exames dos restos de uma terceira possível vítima do trio, encontrados em Olinda, ainda não foram finalizados. Entretanto, de acordo a perita Sandra Santos, o IC já conseguiu identificar que os ossos são femininos.
O IC realizou os exames em pedaços de ossos da perna das duas mulheres. “A gente recebeu fragmentos de fêmur das duas vítimas, de onde o DNA foi extraído. Comparamos os exames de Alexandra com o do filho dela, e de Giselly comparamos com o da mãe. Concluímos os exames na quarta [16], mas esperamos a finalização do processo para divulgar”, informou a perita Sandra Santos. De acordo com o Instituto de Medicina Legal (IML), na época quando os corpos foram liberados, os parentes das duas mulheres já haviam as reconhecido.
Os resultados devem ser encaminhados ainda nesta sexta ao Delegado Wesley Fernandes, de Garanhuns, titular do caso e que concluiu o inquérito na cidade, de acordo com o IC. Segundo informações da Polícia Civil, os exames devem seguir para autos do processo.
O trabalho do instituto deve continuar para tentar identificar a terceira possível vítima do trio: uma adolescente desaparecida em Olinda desde 2008. “A gente está trabalhando no caso já há duas semanas ou mais nesses ossos. Os ossos são de qualidade muito ruim, diferente dos outros, porque estão enterrados desde 2008, então o calor danifica. Os ossos encontrados são curtos e, por isso, têm pouco DNA. Vamos continuar trabalhando e acho que chegaremos a alguma conclusão”, revelou Sandra Santos.
A possível vítima teria sido assassinada pelo trio em 2008, antes deles irem para Garanhuns. A filha dela, de cinco anos, teria sido levada pelos suspeitos e criada com eles. Na quarta-feira (16), foram divulgados os exames da DNA da menina, que comprovaram o parentesco. A informação foi confirmada pela juíza Maria Betânia Duarte Rolim, que está respondendo cumulativamente pela Vara Regional da Infância e Juventude de Garanhuns. O avô da criança disse ao G1, na quinta (17), que vai lutar pela guarda da neta. Uma tia também estaria interessada.
A possível vítima teria sido assassinada pelo trio em 2008, antes deles irem para Garanhuns. A filha dela, de cinco anos, teria sido levada pelos suspeitos e criada com eles. Na quarta-feira (16), foram divulgados os exames da DNA da menina, que comprovaram o parentesco. A informação foi confirmada pela juíza Maria Betânia Duarte Rolim, que está respondendo cumulativamente pela Vara Regional da Infância e Juventude de Garanhuns. O avô da criança disse ao G1, na quinta (17), que vai lutar pela guarda da neta. Uma tia também estaria interessada.
O caso
O homem, de 51 anos, e as duas mulheres, de 52 e 25, viraram réus pela pela morte de duas de suas vítimas, em Garanhuns, de acordo com o promotor de Justiça do caso, Itapuan Vasconcelos. Segundo o representante do Ministério Público, o trio confessou mais seis mortes no inquérito, que totalizariam nove vítimas. Essas outras mortes, incluindo a da mãe da criança criada pelos suspeitos, ainda estão sendo investigadas pela polícia.
De acordo com o MP, o trio responderá pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, falsidade ideológica, estelionato, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. A denúncia foi recebida integralmente pelo juiz José Carlos Vasconcelos Filho, da 1ª Vara Criminal do município do Agreste, na quinta-feira (10), que também decretou a prisão preventiva dos réus.
O crime foi descoberto em abril deste ano, quando a polícia encontrou os corpos enterrados no quintal dos acusados, que formavam um triângulo amoroso. O homem e a mulher de 52 anos, que seriam casados, e a jovem de 25, estão presos. Ainda segundo a polícia, uma das suspeitas afirmou que vendia salgados com a carne das vítimas na região.
Investigações
Segundo o promotor de Justiça, que teve acesso aos autos dos inquéritos que investigam as duas mortes confirmadas até o momento, os depoimentos dos suspeitos dão conta de que mais seis mulheres teriam sido mortas em três cidades. A Polícia Civil não confirma a informação.
O crime foi descoberto em abril deste ano, quando a polícia encontrou os corpos enterrados no quintal dos acusados, que formavam um triângulo amoroso. O homem e a mulher de 52 anos, que seriam casados, e a jovem de 25, estão presos. Ainda segundo a polícia, uma das suspeitas afirmou que vendia salgados com a carne das vítimas na região.
Investigações
Segundo o promotor de Justiça, que teve acesso aos autos dos inquéritos que investigam as duas mortes confirmadas até o momento, os depoimentos dos suspeitos dão conta de que mais seis mulheres teriam sido mortas em três cidades. A Polícia Civil não confirma a informação.
Três inquéritos apuram o caso: um na Paraíba; outro em Garanhuns, que tem duas vítimas confirmadas; e um terceiro em Olinda, onde a polícia havia encontrado apenas ossadas, até o momento não identificadas.
Do G1 PE